Encontro do CCS-SP com a Liberty Seguros aborda possível modelo de negócios após a fusão com a HDI

Segundo a CEO Patricia Chacon, união resultará na segunda maior companhia do mercado e em ganho de escala. Ela reforçou a parceria com os corretores e garantiu que a transição será tranquila no momento certo – O Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP) recebeu no seu tradicional almoço, realizado no dia 1º de agosto, no Terraço Itália, Patricia Chacon, CEO do Grupo Liberty Brasil. Dentre os assuntos em pauta, ela comentou as expectativas a partir da fusão com a HDI Seguros. Anunciada há dois meses, a união já foi aprovada pelo Cade e aguarda somente a autorização do órgão regulador para iniciar as operações.
Aos associados do CCS-SP, a executiva garantiu que a parceria com os corretores de seguros segue fortalecida e que, no devido tempo, o processo de transição para o novo modelo de negócios será feito de forma tranquila para todas as partes. “Estamos confiantes nessa união e na continuidade, porque para a Liberty é importante a parceria com os corretores, a experiência dos clientes, dos colaboradores e o ganho em escala. Juntas, HDI e Liberty serão a segunda maior seguradora do Brasil e isso nos dá um gás”, disse.
Segundo Patricia Chacon, a ideia é que não haja predominância de um dos modelos de negócios entre duas empresas, mas sim a construção de um novo. Diferentemente do que tem ocorrido no mercado, com a venda de carteiras inteiras e incorporações de empresas, Liberty e HDI não planejam grandes mudanças. “As duas companhias performam bem, possuem carteiras saudáveis e isso faz a diferença. Será a união, a junção de forças”, disse.
A executiva apresentou dados que revelam o bom desempenho da seguradora. Em 2022, a Liberty registrou prêmios de R$ 5,8 bilhões e até maio deste ano já cresceu 27%, ocupando, atualmente, a 8ª posição entre as maiores seguradoras do país e a 4ª entre as principais em seguro automóvel. Além de acumular 3,5 milhões de clientes ativos e mais de 20 mil corretores registrados, a empresa mantém 3 mil colaboradores.
Marcos Machini e Francisco Alvarez Filho, vice-presidente e diretor Comercial da Liberty, respectivamente, acrescentaram informações sobre a integração. Segundo Machini, ambas as empresas têm autonomia e flexibilidade no país. “Significa que, quando ocorrer a fusão, adotaremos o sistema que for melhor”, disse. Sobre as marcas, ele observou que ainda não há definição, mas que nada impede de serem utilizadas as duas juntas por algum tempo.
Patricia Chacon destacou a parceria com os corretores como um dos pilares da empresa. Segundo ela, a maioria dos produtos e serviços é desenvolvida em co-criação a partir de sugestões do Conselho de Corretores, fórum que reúne os parceiros e executivos da companhia para identificar oportunidades e propor soluções. Um dos resultados da parceria é a Aliro, segunda marca da seguradora com foco em seguros simplificados e acessíveis.
O mentor do CCS-SP, Álvaro Fonseca, elogiou a disposição dos executivos da Liberty de esclarecerem as dúvidas dos corretores sobre a fusão e, também, cumprimentou a empresa pelas iniciativas que estão atraindo e conquistando a adesão de mais corretores. “A Liberty cresceu muito e está presente na maioria do portfólio dos corretores. Espero que o Conselho de Corretores seja mantido, porque o corretor é pouco ouvido. O Conselho é importante e o resultado aparece na ponta, com a evolução em produtos e atendimento”, disse.

Cláudia Sacalina Camargo, Marcos Machini, Álvaro Fonseca, Patricia Chacon, Boris Ber, Francisco Alvarez Filho e Gilberto Januário

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