Planos de saúde com coberturas médica e odontológica combinadas somam 3,6 mi de beneficiários

Planos combinados refletem adoção de estratégia de valor agregado pelas operadoras – O Brasil registra 3,6 milhões de beneficiários com planos de saúde que integram cobertura médica e odontológica em um mesmo contrato, segundo levantamento inédito apresentado na Análise Especial da 108ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A modalidade, que une diferentes tipos de assistência em uma única apólice ou contrato, representa uma alternativa com mais conveniência para o consumidor e maior potencial de fidelização pelas operadoras.

A íntegra do relatório está disponível em https://www.iess.org.br/sites/default/files/2025-08/NAB%20108.pdf

Os planos combinados representam também um caminho importante para a integração dos cuidados em saúde no setor suplementar. Ao reunir diferentes tipos de cobertura — ambulatorial, hospitalar e odontológica — em um mesmo contrato, esse modelo amplia o escopo de atendimento disponível ao beneficiário, facilita o acompanhamento preventivo e promove maior continuidade do cuidado.

O beneficiário passa a ter uma experiência assistencial médica e odontológica mais fluida, mais integrada entre as especialidades e serviços complementares. Isso contribui para um sistema mais eficiente dentro de um planejamento coordenado de cuidado.
Esse tipo de plano oferece também mais praticidade administrativa, tanto para empresas contratantes quanto para os próprios usuários, além de possível redução de custos por sinergia de coberturas.
A oferta integrada aparece com mais força no contexto de crescimento dos planos coletivos empresariais, fortemente relacionados ao desempenho do mercado de trabalho formal. De acordo com o Novo Caged, o país criou 1,6 milhão de novos empregos com carteira assinada entre junho de 2024 e junho de 2025, crescimento de 3,4%. No mesmo período, os planos médico-hospitalares do tipo coletivo empresarial registraram exatamente 1,6 milhão de novos vínculos, alta de 4,5%.
“Há uma correlação direta entre a formalização do trabalho e o acesso à saúde suplementar. Os planos combinados, embora ainda representem uma fatia minoritária, apontam para uma diversificação importante na forma como os serviços são ofertados e contratados e, para as empresas que concedem o benefício a seus colaboradores, uma clara demonstração de oferecer as melhores condições assistenciais em saúde”, afirma José Cechin, superintendente executivo do IESS.

A análise mostra que, entre os 52,9 milhões de beneficiários com planos médico-hospitalares ativos em junho de 2025:

49,3 milhões possuíam exclusivamente esse tipo de cobertura;
3,6 milhões tinham contratos combinados com assistência odontológica.

Quando somados aos 34,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, o país contabiliza 38 milhões de pessoas com algum tipo de cobertura odontológica ativa.

Outros destaques da NAB 108:

Cobertura médico-hospitalar atinge 24,8% da população brasileira
Cobertura exclusivamente odontológica alcança 16,1%
Planos coletivos representam 83,7% dos vínculos médico-hospitalares, sendo 86,7% empresariais

Estados com maior crescimento absoluto (jun/24 a jun/25):

São Paulo: +469 mil vínculos médico-hospitalares e +296 mil odontológicos
Rio de Janeiro e Minas Gerais também apresentaram altas relevantes

Sobre o IESS

O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma organização sem fins lucrativos que tem por objetivo promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

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