Para corretoras e seguradoras, toda crise precisa ser contornada com soluções inteligentes e tecnológicas, visando a mitigação de risco e a sobrevivência do mercado segurador
Mudanças climáticas, eleições americanas, guerra na Ucrânia, situação da Venezuela e a influência econômica da China na América Latina, além do cenário político e econômico do Brasil pautaram uma discussão sobre os impactos desses fenômenos no mercado segurador e o papel das corretoras e seguradoras na antecipação de riscos, especialmente os que inferem sobre a sinistralidade. O debate foi promovido pela Alper Seguros, uma das maiores corretoras do país.
Marcos Couto, CEO da Alper Seguros, apontou uma ligação direta entre alta taxa de juros, volatilidade econômica e outras crises como os principais elementos que influenciam nos preços dos seguros no Brasil.
Segundo os participantes, os aumentos dos prêmios não ocorrem por vontade das seguradoras, mas sim da influência do cenário global sobre dois elementos: sinistralidade e taxa de juros. As seguradoras observam essas variáveis para fazer a precificação, mas com uma economia globalmente conectada, oscilações locais ou internacionais tem um efeito direto no preço do seguro.
A própria história do mercado segurador no Brasil evidencia isso. O Brasil abriu o mercado de resseguros em 2008. Após 10 anos, a oferta de resseguros global estava plenamente consolidada, com muitos agentes capazes de tomar riscos, resultando em seguros baratos, resultando no “mercado soft”.
Em 2020, com a chegada da pandemia de Covid-19, há um impacto imediato e material nas duas variáveis: os governos começam a injetar dinheiro na economia para manter tudo funcionando; as taxas de juros sobem de maneira exponencial, com efeito no mercado internacional de resseguros; cai a oferta de agentes com capacidade de tomar risco em países como o Brasil. O resultado é um aumento considerável no valor dos seguros.
O número de eventos climáticos extremos nos últimos 10 anos aumentaram de maneira significativa, impactando também os sinistros exponencialmente. E no horizonte, não se observa uma alteração considerável no cenário político, conforme exemplificou Caio Junqueira, analista político da CNN e palestrante do evento. O jornalista apresentou um resumo dos principais acontecimentos globais dos últimos anos.
O globo passou por diferentes ciclos após a Segunda Guerra Mundial. Durante a Guerra Fria, o poder mundial se divide em dois eixos: Estados Unidos e União Soviética. Com a queda do Muro de Berlim em 1989, os americanos dominaram o cenário global até 2014, quando a Rússia invadiu a Criméia e rompeu a hegemonia norte-americana.
No Brasil, a fragilidade do Poder Executivo, os avanços do Congresso sobre o orçamento público e as pressões que o STF vem recebendo tornam o clima no país uma constante instabilidade, conforme apontou Junqueira. Mesmo assim, Marcos Couto, da Alper, complementou que é responsabilidade do mercado segurador ter uma visão positiva para contornar tais efeitos, unindo esforços para redução de impactos.
O CEO da Alper também aposta na união do mercado como ponto de resiliência em momentos adversos.
O mercado de seguros aposta na tecnologia com objetivo de democratizar o acesso ao seguro como produto financeiro, ampliando o público consumidor e, com isso, conseguir ofertar preços condizentes com o poder econômico da população.
Para saber mais sobre seguros, acesse https://www.alperseguros.com.br/
Sobre a Alper Seguros
Fundada em 2010, a Alper Consultoria e Corretora de Seguros S.A. é uma empresa especializada em gestão de Seguros Corporativos, Benefícios, Seguros Massificados, Seguro Auto e de Transportes. Com atuação nos mais diversos segmentos, a companhia é pautada pela inovação e tecnologia em busca de otimização e transparência aos processos, através do trabalho consultivo de mais de mil especialistas distribuídos em 23 escritórios em todo país. No total, a Alper Seguros já soma 19 empresas do setor adquiridas sob a atual gestão.