Companhia apresenta iniciativas voltadas à ampliação da economia circular na indústria automotiva e à mitigação dos riscos climáticos no agronegócio
Após comandar dois dos painéis principais da Casa do Seguro, com especialistas nacionais e internacionais, a Allianz esteve em outros dois fóruns realizados no espaço, localizado em Belém, durante a COP 30.
Promovidas pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), também idealizadora da Casa, as iniciativas reuniram executivos e pesquisadores em debates voltados à contribuição do mercado segurador para o desenvolvimento sustentável da indústria automotiva e o seu papel na proteção do agronegócio diante das mudanças climáticas.
No dia 13 de novembro, Marlon Teixeira, diretor de Sinistros Auto da companhia, integrou o painel “Do Sinistro à Sustentabilidade: salvados e economia circular no setor automotivo”. Com o apoio da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a apresentação mostrou como seguradoras, montadoras e recicladores podem atuar em parceria para ampliar a circularidade desses veículos.
“Por muito tempo, o salvado foi tratado como um resíduo inevitável e atenuador de perdas. Hoje, olhamos para essa questão também como um vetor de sustentabilidade e retorno econômico”, afirmou.
De janeiro a setembro de 2025, mais de 960 toneladas prensadas pela seguradora tiveram um destinamento correto. Até o final do ano, a seguradora espera superar as 1,4 mil toneladas recicladas em 2024, repassando os recursos obtidos à ABA (Associação Beneficente dos Funcionários da Allianz), que apoia crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade na comunidade Santa Rita, na zona Leste de São Paulo.
“A digitalização é o motor da circularidade”
Marlon apontou que a circularidade depende de rastreabilidade e padronização. “A digitalização é o motor da circularidade, é o que permite transformar boas intenções em resultados concretos”, afirmou, destacando que a Allianz tem avançado na digitalização completa da jornada do sinistro, desde a abertura do sinistro à destinação final, o que garante a rastreabilidade e a conformidade ambiental.
O tema, no entanto, ainda é visto como um desafio para as seguradoras, montadoras e poder público.
“É preciso trabalhar em conjunto gerar a confiança do consumidor, indicando onde cada peça foi retirada e garantindo que ela tem qualidade. Por ser um mercado que consome muitas peças, a economia circular depende da escalabilidade. Esse é o maior entrave que nós temos”, concluiu.
Seguro como instrumento de proteção agrícola
No dia 20, foi a vez de Rafael Marani, diretor de Agronegócios da Allianz, compor o painel “Seguros como instrumento de proteção da produção agrícola no contexto da transição climática”, realizado em parceria com a ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e FGV Agro.
O encontro abordou como o seguro Rural pode mitigar riscos e garantir a continuidade da produção diante do aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos – a exemplo do fenômeno La Niña, que reforçou como a agricultura brasileira está cada vez mais exposta a ciclos climáticos intensos e imprevisíveis.
“Os eventos extremos aumentam a volatilidade do risco e exigem uma gestão ainda mais precisa. Para lidar com essa variabilidade, integramos diferentes ferramentas tecnológicas e práticas ao nosso modelo de aceitação e precificação”, disse Marani.
Uma delas, segundo o diretor, é o uso intensivo de sensoriamento remoto, que permite à seguradora monitorar a vegetação, a umidade do solo, a evolução da lavoura e as anomalias climáticas com mais precisão. “Essas análises subsidiam decisões técnicas mais robustas, tanto no momento da contratação quanto na gestão da carteira.”
De acordo com o Marani, o resseguro também é um pilar essencial nesse processo, atuando como amortecedor da volatilidade climática ao equilibrar perdas severas em anos adversos e contribuir para que os preços ao produtor não oscilem de maneira abrupta.
“Também trabalhamos com a diversificação geográfica, a inovação de produtos e com mecanismos de mitigação de risco, que ajudam a suavizar o impacto dos ciclos climáticos no prêmio final”, completou.
Temos desafios
Os desafios enfrentados pelo Brasil na ampliação da cobertura e no acesso aos instrumentos de proteção ao produtor rural também ganhou espaço no debate. Para Rafael Marani, é essencial que as seguradoras ofertem produtos adequados às necessidades do campo.
“Na Allianz, desenvolvemos soluções específicas com coberturas adaptadas aos riscos climáticos e às características regionais, garantindo que o produtor encontre opções alinhadas à sua realidade”, disse, destacando ainda a importância de se otimizar e facilitar a experiência do cliente por meio de processos digitais que reduzam a burocracia, agilizem a emissão de apólices e tornem a regulação de sinistros mais rápida.
“Isso inclui ferramentas de monitoramento remoto, inteligência de dados e canais de atendimento simplificados, para que o produtor tenha previsibilidade e confiança quando mais precisa.”
Além das ações do mercado segurador, Marani defendeu o investimento em programas de subvenção, que são fundamentais para ampliar o acesso ao seguro Rural no país.
“Quando esses programas são estruturados com previsibilidade e alinhamento ao calendário da safra, criam condições para que produtores, seguradoras e resseguradoras atuem com mais estabilidade e escala. Essa parceria público-privada é essencial para fortalecer a segurança alimentar e a resiliência climática no Brasil.”
Sobre a Allianz Seguros
No Brasil há 120 anos, a Allianz Seguros atua em Ramos Elementares e Vida e está presente em todo o território nacional, por meio de 57 filiais, além de 45 assessorias e mais de 32 mil corretores de seguros em todo o país.
Tendo como premissa desenvolver ações de longo prazo, tanto nos seus negócios como no campo social, há mais de 30 anos um grupo de funcionários criou a ABA – Associação Beneficente dos Funcionários do Grupo Allianz.
Nesse período, mais de 10 mil crianças e adolescentes da Comunidade Santa Rita (zona Leste de São Paulo) foram atendidos pela ABA, por meio de atividades complementares à educação formal, como artes, esportes e inclusão digital.
A seguradora nomeia o Allianz Parque, a arena multiuso mais moderna do país. Desde sua inauguração, em novembro de 2014, já recebeu mais de 11 milhões de pessoas.
Foto: Marlon Teixeira, diretor de Sinistros Auto da Allianz, na Casa do Seguro, durante a COP 30.
Crédito: CNseg