Quanto mais cedo começar o investimento, maiores serão os rendimentos – Com o aumento da expectativa de vida e a flexibilização das relações de trabalho, a procura por planos de previdência privada entra no horizonte dos profissionais cada vez mais cedo. Incentivados por programas de educação financeira, uma parcela crescente de jovens começa a voltar esforços para garantir um futuro financeiro estável. Contudo, especialistas alertam que é preciso procurar orientação especializada para investir em um plano adequado à sua realidade.
Diretor do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Sindseg RJ/ES), Luís Miguel Duarte explica que quanto mais cedo o profissional iniciar seu plano de previdência privada, melhor. Desse modo, o investimento mensal necessário para atingir uma boa aposentadoria será muito menor. “Nesse modelo, o capital acumulado cresce progressivamente”, alerta o especialista.
Atualmente, os principais modelos de previdência privada são: o PGBL que é o Plano Gerador de Benefício Livre; o VGBL que é o Vida Gerador de Benefício Livre; o Previdência Empresarial (Plano coletivo ou PGBL/VGBL Empresarial) e os Planos Instituídos. Os mais populares são o PGBL e o VGBL.
De acordo com Luís Miguel Duarte, o PGBL é mais indicado para pessoas que fazem declaração completa de Imposto de Renda, pois permite a dedução de até 12% da renda bruta anual declarada. No caso de resgate antecipado, o imposto incide sobre o valor total resgatado, considerando aportes e rendimentos. “O produto é ideal para pessoas com renda média/alta e que pagam bastante Imposto de Renda ou pessoas que fazem planejamento fiscal e querem reduzir o seu Imposto de Renda”, acrescentou.
Já no VGBL, acrescenta o diretor do Sindseg RJ/ES, não há dedução de Imposto de Renda, mas no caso de resgate o imposto incide somente sobre o rendimento. Trata-se de um plano mais simples para pessoas que fazem declaração simplificada ou que querem apenas acumular patrimônio sem preocupação fiscal. “Esse plano é mais indicado para profissionais autônomos, empreendedores etc”, completa o especialista.
Outra opção é buscar seguros de vida resgatáveis que unem proteção financeira com formação de patrimônio. Nesse modelo, a pessoa paga o valor do seguro e uma parte desse valor é destinada para cobrir o risco de morte ou invalidez e a outra parte é investida para constituir uma reserva financeira, rendendo juros e sendo atualizada por algum índice de correção de valor. “Essa reserva pode ser resgatada em vida, total ou parcialmente, conforme regras do contrato. Em caso de falecimento, os beneficiários recebem o capital segurado contratado”, observa o diretor do Sindseg RJ/ES.
Uma novidade do mercado são os planos da linha Whole Life, em especial, que além de serem utilizados como proteção financeira, podem também ser usados como planejamento sucessório. “Os planos de previdência priorizam o investimento de longo prazo com vista a uma complementação de renda na aposentadoria planejando uma acumulação de patrimônio. Já os seguros resgatáveis priorizam a proteção familiar com um bônus de formação de reserva”, pontua Luís Miguel Duarte.
Nesse contexto, o especialista ressalta a importância da inserção da educação financeira nas escolas. “Muita gente associa educação financeira a quem está endividado, mas, na verdade, ela se aplica a todos nós; independente de renda, idade ou situação financeira. É um guia, uma matéria que deveria ser ensinada já no colégio para ajudar as crianças a compreenderem o valor do dinheiro, a manter seu patrimônio e o equilíbrio de sua vida financeira”, completa o diretor do Sindseg RJ/ES.
Foto: Luís Miguel Duarte, Diretor do Sindicato das Seguradoras do Rio de Janeiro e do Espírito Santo (Sindseg RJ/ES)