O Fórum Mário Petrelli de Fomento do Mercado de Seguros, Previdência, Capitalização e Resseguros realizou o primeiro evento aberto à sociedade em geral e trouxe à tona temas pertinentes que impactam o dia a dia de todos nós – O Fórum Mário Petrelli de Fomento do Mercado de Seguros, Previdência, Capitalização e Resseguros realizou a primeira edição das “Conversas do Fórum”, no dia 8 de outubro de 2025, na Matriz de Negócios do Grupo MAG, em São Paulo (SP), para apresentar o que tem sido discutido e proposto pelos seus 24 membros com o objetivo de fomentar e desenvolver o mercado de seguros em prol de uma sociedade mais protegida.
Nilton Molina, Presidente do Instituto de Longevidade MAG, membro e um dos fundadores do Fórum Mário Petrelli de Fomento do Mercado de Seguros, mostrou que em um período de 30 anos, de 1995 a 2024, a receita de prêmios de Ramos Elementares não cresceu em proporção ao PIB, o que ele chamou de inspiração para o Fórum. “No período, Ramos Elementares cresceram 1399% (de R$ 9,4 milhões em 1995, para R$ 131,5 bilhões, em 2024) enquanto o PIB cresceu 1660%. Incluindo Saúde, 1755%, mesmo considerando o crescimento maior do que o PIB. Portanto, essa é a inspiração do Fórum, é a gente propor propostas para o fomento do mercado”, afirmou.
Oportunidades para o Brasil
Gilmar Melo Mendes, professor associado e pesquisador da Fundação Dom Cabral na área de Estratégia e Finanças e Conselheiro da MAG, deu uma aula de otimismo sobre o Brasil para o próximo ano, com todos os indicadores econômicos apontando para cima, e o potencial do país no campo de energias limpas. “O maior consumidor de energia do mundo é a indústria primária de alumínio, representando 5% da energia global. Nos próximos 10 anos, datas centers vão consumir 3% da energia global, só que precisa ser limpa. O Brasil entra num grau de atratividade mundial. A Casa dos Ventos e a GE já anunciaram investimentos no país”, afirmou.
Substituto do DPVAT e a Capacidade do Mercado para Proteção de Catástrofes
No primeiro painel das “Conversas do Fórum”, “Substituto do DPVAT e a Capacidade do Mercado para Proteção de Catástrofes”, participaram os membros do Fórum, Alexandre Camillo, corretor de seguros e economista, Rodrigo Botti, Country Head da Lockton RE e Boris Ber, Presidente do Sincor-SP, como moderador. Ber abriu o painel comentando a lacuna que o DPVAT deixou. “Acabaram com um dos maiores seguros de Responsabilidade Civil, talvez um dos maiores do mundo”, afirmou. Na sequência, Camillo chamou atenção para o número de acidentes de trânsito no Brasil, o que ele denominou como uma catástrofe. “O Brasil produz anualmente, em média, 40 mil mortes por acidentes de trânsito e 150 mil feridos de alta gravidade. Os números de vítimas são maiores do que em conflitos globais”, comparou. Como um substituto do DPVAT, ele sugeriu como hipótese uma cobertura de Responsabilidade Civil obrigatória na garantia de Responsabilidade Civil já existente no Seguro de Automóvel tradicional.
Com o exemplo da catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul, Botti ilustrou o quanto o Brasil está atrasado na proteção para catástrofe. “O gap de proteção, entre a perda total do evento e a perda segurada, em mercados desenvolvidos é de cerca de 30%, ou seja, 70% são seguradas. No Rio Grande do Sul, o gap foi de 95%, com mais de R$ 100 bilhões em perdas e menos de R$ 5 bilhões estavam protegidos pelo seguro”, comparou. Botti defendeu a união da iniciativa privada, seguradores, resseguradores e corretores para estruturarem um arcabouço de compartilhamento de risco. “É onde o Fórum deveria se concentrar, em como a gente faz esse compartilhamento de risco efetivo para dar a proteção de catástrofe no Brasil”, afirmou.
Lei do Contrato de Seguro e Novo Marco das Cooperativas e Associações de Proteção
No segundo painel, “Lei do Contrato de Seguro e Novo Marco das Cooperativas e Associações de Proteção”, a Lei 15.040/24 e a LC 213/25, respectivamente, participaram, Camila Calais, membro do Fórum e Head de Seguros do escritório Mattos Filho Advogados, Amando Vergílio, Conselheiro do Fórum e Presidente da Fenacor, e Antonio Penteado Mendonça, membro do Fórum, advogado e jornalista especializado no mercado de seguros, como moderador. “Nós temos uma lei adequada às necessidades do mercado de seguros brasileiro e mais do que isso, teremos uma Lei de Contrato de Seguro que dará outra segurança jurídica para a atividade”, disse Mendonça na abertura do painel.
Calais apresentou as oportunidades que a nova Lei traz para o mercado: melhoria de produtos, linguagem dos clausulados mais acessível ao consumidor e revisão de processos na área de sinistros. Ela também falou sobre os impactos da nova Lei para os resseguradores estrangeiros que fornecem capacidade para o Brasil. “Eles estão tendo que lidar com conceitos jurídicos que não possuem em seus países e estão tendo que rever processos de aceitação”, comentou.
Sobre a LC 213/25, Vergílio disse que 2218 associações pediriam registro junto à Susep. Provavelmente, um número significativo delas não continuarão no mercado, devido às exigências de readequação operacional. “As associações que passaram pelo peneiramento terão que contratar uma administradora. Do contrário, não poderão operar mais. Em minha opinião, é quando começa o mercado regulado sobre as associações de proteção. E como o nome diz, Proteção Patrimonial, é monoproduto. Por enquanto, somente casco de automóvel”, afirmou.
Um convite a toda a sociedade
Nas “Conversas do Fórum” estiverem presentes representantes das indústrias de seguros, resseguros e corretores, além de outros setores da economia, entre eles, Luiz Alberto Gonçalves, Vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Celso Shimura, Diretor de Parcerias da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG-SP), Paulo Souto, Managing Partner da Convista, e André Almeida, CEO da Ipro4. O evento também foi transmitido pelo YouTube.
Segundo Helder Molina, CEO e chairman do Grupo MAG, “o Fórum é de grande relevância para o setor e para o Grupo MAG. Por meio dele, as principais discussões para melhorias acabam contribuindo para o impulsionamento do mercado de seguros. Tudo isso de forma democrática”, afirmou.
“Uma sociedade muito mais protegida será uma nação muito mais forte e todos nós estamos engajados nesse processo. O papel do Fórum é ser eclético, heterogêneo e, em comum, a paixão dos seus membros pelo seguro. Essas “Conversas do Fórum” foram as primeiras e teremos várias outras”, declarou Marco Antônio Gonçalves, Presidente do Conselho Consultivo da MAG Seguros e Diretor-presidente do Fórum Mário Petrelli de Fomento do Mercado de Seguros.
As “Conversas do Fórum” estão disponíveis no YouTube, acessando: