O setor de planos de saúde está enfrentando preocupações crescentes devido aos novos diagnósticos, como o autismo, e ao aumento das terapias necessárias. Os contínuos e acentuados custos médicos e hospitalares têm gerado preocupações e desafios, resultando em dificuldades financeiras para as operadoras há vários anos.
Recentemente, o podcast “Café da Manhã“, lançado pela Folha de São Paulo, destacou as dificuldades enfrentadas pelas operadoras de planos de saúde com a inclusão de novos tratamentos, como os direcionados ao autismo, no Rol da ANS.
Os planos afirmam que a conta não fecha mais e os prejuízos tem feito as empesas demandarem restrições no atendimento, por otro lado, as reclamações dos clientes e pacientes chegam a ficar sem assistência.
Essas mudanças regulatórias têm impactado as operadoras, resultando em restrições no atendimento aos pacientes autistas. Segundo informações do podcast, cerca de 500 mil pacientes com autismo são atendidos pelo setor privado.
Assista ao episódio na íntegra:
A comunidade interessada no tema da Saúde Complementar terá a oportunidade de debater o cenário atual e as perspectivas para o setor no Brasil durante o “1º Seminário EAD Seg News de Saúde Complementar”. O evento ocorrerá no dia 18 de Janeiro de 2024, das 10h00 às 12h30, através da plataforma Google Meet. Mais informações e inscrições estão disponíveis em: Link para inscrições.
De acordo com dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o número de beneficiários da saúde suplementar no Brasil atinge a marca de 50 milhões de pessoas.
Apesar desse expressivo contingente de segurados, muitas empresas do setor estão enfrentando dificuldades para obter lucro operacional, dependendo em grande parte das aplicações financeiras para garantir a lucratividade.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) e especialistas do setor têm apontado que o principal motivo dessa situação é o constante aumento dos custos médicos e hospitalares.
Em uma entrevista concedida ao portal da Abramge, o Dr. Luiz Antônio Teixeira Jr., conhecido como Doutor Luizinho e atualmente em seu segundo mandato como deputado federal (PP-RJ), expressou preocupação com a situação atual.
Ele destacou a mudança demográfica do país, mencionando que o Brasil está passando por um processo de inversão na pirâmide etária, com um aumento significativo da população acima de 60 anos. Essa mudança, aliada aos avanços tecnológicos que proporcionam mais diagnósticos e tratamentos, está elevando os custos na área da saúde. Dr. Luizinho enfatizou a importância do diálogo e do fortalecimento do setor para garantir condições de tratamento para todos os brasileiros.
Ao abordar a sustentabilidade do setor, Dr. Luizinho ressaltou que uma possibilidade, talvez a única viável, é a ampliação da base de clientes.
Ele argumentou que quanto mais pessoas tiverem planos de saúde no país, mais receitas entrarão, possibilitando a divisão das despesas e contribuindo para a estabilidade financeira do setor.