Mercado de seguros enfrenta desafio com desligamento do 2G e 3G: substituição de 13,8 milhões de rastreadores pode custar R$ 3,47 bilhões

Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field

Determinação da Anatel exige migração tecnológica urgente para evitar falhas operacionais e prejuízos financeiros no setor de seguros automotivos

Uma determinação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) irá desativar gradualmente as redes móveis 2G e 3G no Brasil até 2028, exigindo uma ampla substituição de dispositivos que dependem dessas tecnologias. O impacto será particularmente sentido no mercado de seguros, onde milhões de veículos monitorados com rastreadores 2G/3G precisarão de equipamentos compatíveis com redes 4G.

De acordo com estudos da Links Field, operadora de rede virtual (MVNO) especializada em conectividade M2M e IoT, o desligamento das redes legadas demandará mais de R$ 10,3 bilhões em investimentos no Brasil, com R$ 3,47 bilhões diretamente ligados ao mercado de rastreamento veicular, uma das principais ferramentas usadas por seguradoras para precificação de apólices, recuperação de veículos e combate a fraudes.

São mais de 22 milhões de dispositivos atualmente operando nas redes legadas, muitos deles usados em seguros automotivos para monitoramento de veículos. Com o fim do suporte ao 2G e 3G, empresas que não realizarem a migração a tempo poderão enfrentar riscos operacionais, como falhas no rastreamento, aumento de custos e perda de competitividade.

Riscos e custos para seguradoras

O estudo aponta que o custo médio de substituição de um rastreador será de R$ 295 por dispositivo, incluindo a aquisição de novos equipamentos e o serviço técnico de instalação. Para muitas seguradoras que dependem de rastreadores para precificação de apólices, recuperação de veículos e mitigação de fraudes, o impacto financeiro pode ser significativo.

“O desligamento das redes legadas é inevitável e já começou a ocorrer, com iniciativas como o RAN Sharing entre Vivo e Tim em mais de 1.300 municípios. Quem não se preparar a tempo enfrentará interrupções de serviço e perda de controle operacional”, alerta Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field e coautor dos estudos.

Além disso, a transição exige atenção a questões técnicas, como a compatibilidade com bandas de frequência brasileiras, a maturidade da infraestrutura 4G (LTE) e o funcionamento do SMS sobre IP, recurso amplamente utilizado no envio de alertas e mensagens automáticas.

Impacto ambiental e responsabilidade no descarte

Outro desafio destacado pelo estudo é o descarte massivo de dispositivos 2G e 3G, que pode gerar um impacto ambiental significativo. Com a previsão de substituição de mais de 22 milhões de equipamentos, a gestão de resíduos eletrônicos torna-se uma questão urgente.

A Links Field já iniciou ações para mitigar esse impacto, firmando parcerias com a Ambipar para reciclagem de resíduos. Desde 2019, a operadora compensou 100% dos seus SIM Cards físicos, totalizando mais de três toneladas de plástico reciclado. Esse modelo de logística reversa será ampliado para incluir o descarte de dispositivos obsoletos, reforçando a importância de práticas sustentáveis no setor.

Oportunidade para modernização no setor de seguros

Apesar dos desafios, a transição para redes 4G e tecnologias mais avançadas representa uma oportunidade estratégica para o mercado de seguros. Dispositivos de rastreamento modernos, equipados com funcionalidades aprimoradas, vida útil estendida e maior eficiência operacional, podem trazer vantagens competitivas para seguradoras que anteciparem o processo de migração.

“Essa mudança vai muito além de substituir um rastreador. Trata-se de uma reestruturação completa de como os dispositivos IoT operam no Brasil, com impacto direto em eficiência, inovação e modelos de negócio. Quem sair na frente terá uma posição de destaque em um mercado cada vez mais competitivo”, conclui Rodrigues.

Prepare-se para o futuro

A migração para redes 4G não é apenas uma necessidade técnica, mas uma estratégia de sustentabilidade e competitividade no mercado de seguros. Empresas que anteciparem a transição estarão mais bem posicionadas para enfrentar os desafios do setor e aproveitar as oportunidades de modernização tecnológica.

Os estudos completos estão disponíveis para download nos links:

Guia da Transição de Tecnologia 2G/4G:

https://guiadatransicao2g4g.com.br/

Impacto Econômico do Desligamento do 2G/3G no Brasil:

https://impactoeconomico2g3g.com.br/

Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field

Sobre a Links Field

A Links Field é uma MVNO brasileira que faz parte do grupo Links Field Networks, especializado em soluções de conectividade M2M e IoT.

Oferece serviço de gestão de dados customizados para diferentes projetos e necessidades para os mercados de: rastreamento e telemetria veicular, máquinas de pagamentos, dispositivos de monitoramento da Indústria 4.0, coleta de dados do agronegócio, sensores IoT para cidades inteligentes, dentre outros.

A empresa chegou ao Brasil em 2019 com o propósito de entregar diferenciais técnicos e operacionais ao mercado, oferecendo redução de custo e otimização das tecnologias necessárias para o bom funcionamento dos dispositivos.

Fundado em Hong Kong, no ano de 2017, o grupo expandiu sua operação por todo mundo em seus três primeiros anos de existência e, por meio de 12 escritórios internacionais, atende clientes globais com equipes locais especializadas em cada região. Hoje, é líder global em soluções e serviços de conectividade IoT, sendo desenvolvedor da inovadora tecnologia SoftSIM, além de ter certificação GSMA da plataforma eSIM SM-DP+ com infraestrutura própria, atendendo as demandas mais recentes do mercado de telecomunicações.

Fone: Thiago Paulino Rodrigues, CEO da Links Field

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