(*) Por Rogério Gonçalves – No último dia 08 de março celebramos o Dia Internacional da Mulher. O que já temos e o que falta para comemorara simbologia dessa data? Tirando a grande passeata de mulheres, ocorrida em 1971, em protesto contra a carestia, o desemprego e a deterioração geral das condições de vida na Rússia, ainda hoje, o combate por paridade de gênero está apenas no início. Ainda assim algumas mulheres conseguiram superar os obstáculos do papel de ser dona do lar, esposa e mãe, e a partir da década de 70, foram ganhando um espaço maior no mercado de trabalho. Hoje em dia, apesar dos avanços, elas se deparam com questões sexistas em alguns ambientes corporativos.
Neste artigo, apresento um panorama sobre a presença das mulheres no mundo corporativo, a importância das mulheres na liderança e de contar com elas em cargos de gestão e os principais desafios para a liderança feminina.
Instituições, equipes e a sociedade têm muito a lucrar ao investir na liderança feminina. Dentre seus pontos fortes, estão a versatilidade, cooperação e maior desenvolvimento da diversidade, inventividade e modernização – fatores fundamentais para que as organizações se mantenham competitivas. Contudo, as empreendedoras, executivas e gestoras ainda encaram barreiras no caminho até uma posição estratégica nas empresas e de maior relevância na sociedade.
Desde a rejeição até o modo de liderança – naturalmente, mais aplicado na persuasão que na autoridade – têm dificultado mulheres capacitadas de conquistar as cadeiras mais altas nas empresas. No entanto, atitudes inclusivas estão favorecendo a virada desse jogo e construindo um mercado de trabalho mais balanceado, em que é possível desfrutar de todo potencial das mulheres.
A liderança feminina é imprescindível para determinar a paridade de gênero dentro de uma organização e, assim, favorecer essa paridade na própria sociedade. Apesar de encararem inúmeros impedimentos para alcançarem uma posição de liderança, as profissionais do sexo feminino possuem toda a qualidade comportamental e técnica para atender bem as demandas de um cargo mais alto.
As atribuições que fazem as peculiaridades da liderança feminina são indispensáveis para o momento mutável pelo qual o mercado corporativo está atravessando, movido pelo futuro do trabalho e transformação digital. Toda a edificação de um ambiente profissional mais diversificado, justo e extensivo tem a faculdade de produzir efeitos que vão muito além da perspectiva financeira.
É uma perspectiva a ser adotada pela gestão de capital humano das companhias, com o propósito de ampliar o comprometimento e o contentamento das pessoas das organizações, impactando na consolidação da reputação e identificação da marca. Consequentemente, os parceiros mais críticos passam a enxergar a companhia de forma diferente, ampliando a atração e manutenção destes, acarretando lucro bruto e orgânico.
Apesar de termos ciência sobre a realidade da liderança feminina e conhecermos os benefícios em ter mulheres em cargos de gestão nas instituições, devemos estar nos perguntado sobre os motivos delas ainda serem minoria no mercado corporativo. Nessa hora, chegou o momento de dialogarmos sobre os problemas encarados por mulheres na evolução para as mais elevadas posições de hierarquia.
Determinados temas sociais prejudicam não só a existência de uma liderança feminina nas organizações, mas em níveis mais baixos, como a inserção de mulheres no mercado de trabalho. Isso está, principalmente, relacionada aos costumes arraigados na sociedade de que cuidado com a família ou tarefas domésticas são questões inerentes, exclusivamente, ao universo feminino.
Já no campo profissional, podemos relacionar as seguintes adversidades enfrentadas por elas:
- diferença salarial
- escassez de possibilidades
- característica de liderança
- falta de reconhecimento
- discriminação e desvalorização
- síndrome do não-merecimento
- entre outros desafios do ambiente corporativo
No momento atual, que temos um pouco mais de entendimento do contexto da liderança feminina nas organizações, com certeza podemos compreender a relevância da evolução das mulheres na sociedade. A liderança feminina é fundamental para encontrar a justiça social, combater a discriminação e aperfeiçoar a distribuição de renda. Logo, se faz necessário coibir a disparidade de gênero, os contrastes e as atitudes agressivas, não apenas no mundo corporativo, como também em todo o meio social. Gostou deste conteúdo?
Não esqueça de compartilhá-lo em suas redes sociais! Veja mais conteúdos no Instagram: @rogergoncalves.coach
(*) Rogério Gonçalves é Colunista da Agência Seg News e Professor do Centro de Capacitação Profissional Seg News