Membros do IBA participaram da reunião da Comissão Nacional de Atuária para debater normas sobre os Fundos de Pensão

Foto: Fabrizio Krapf, membro do IBA e o vice-presidente Daniel Rahmi Conde

No mês de julho, o  vice-presidente Daniel Rahmi Conde e o membro do Instituto Brasileiro de Atuária (IBA), Fabrízio Krapf Costa, se reuniram com a Comissão Nacional de Atuária (CNA) conduzida pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

O encontro contou com a apresentação, pelos representantes da Previc na Comissão, de proposta de revisão da Resolução CNPC nº 30/2018, que dispõe sobre as condições e os procedimentos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar na apuração do resultado, na destinação e utilização de superávit e no equacionamento de déficit dos planos de benefícios de caráter previdenciário que administram, bem como estabelece parâmetros técnico-atuariais para estruturação de plano de benefícios, e dá outras providências.

Foram verificados avanços na minuta em relação à primeira versão apresentada, na reunião anterior da Comissão. Há pontos da proposta que ainda demandam maior debate e aprofundamento técnico, como os limites para o índice de nível de solvência e para a taxa de desconto, onde é preciso aguardar os resultados de análises de impacto regulatório.

“A atuação do Comitê Técnico de Previdência Fechada do IBA, apresentou diversas sugestões e considerações técnicas, refletindo a preocupação do grupo de atuários que compõem o CT com a consistência técnica e a sustentabilidade de longo prazo dos planos de benefícios.”,  afirmou o vice-presidente do IBA, Daniel Rahmi Conde.

Fabrízio Krapf Costa reforçou sobre a importância da colaboração do IBA, para apresentar as mudanças necessárias. “Destacamos a nossa colaboração  nos trabalhos da CNA com a apresentação de proposta alternativa às que vêm sendo avaliadas pelos técnicos da Previc para substituição do modelo de construção de limites regulatórios para a premissa de Taxa de Juros Real, atualmente baseados na ETTJ média dos últimos cinco anos.  A alternativa apresentada, denominada ‘BBA’ (Building Block Approach), propõe limites mínimos e máximos para essa premissa, considerando as características específicas de cada plano, sua alocação de investimentos e as condições de mercado.”

O modelo apresentado pelo IBA,  não altera a forma de definição da premissa de Taxa de Juros Real,  permanece baseada em estudo técnico, o chamado Estudo de Convergência, elaborado pelo atuário responsável.

A proposta tem por objetivo oferecer alternativa de apuração das taxas referenciais e limites mínimos e máximos mais aderentes à realidade de cada plano. Ela facilita a compreensão dos fatores que afetam a premissa dos gestores, participantes e patrocinadores. Isso inclui promover a gestão de ativos orientada pelo passivo e apoiar a implementação de procedimentos de supervisão baseada em risco por parte da Previc no acompanhamento da premissa.

Conde informou que a apresentação dos modelos de taxa de desconto requer um debate mais amplo e realista, uma vez que, mais do que o resultado final, é fundamental assegurar que o modelo seja adequado e consistente com os resultados projetados.

“A nova resolução deve promover a sustentabilidade dos planos de previdência complementar, ao determinar critérios para a gestão atuarial e da solvência dos planos de benefícios. A revisão da citada resolução, caso realizada, poderá gerar mudanças relevantes no formato de estabelecimento dos planos de equacionamento e na forma como as entidades gerenciam seus planos.”, concluiu.

Além do IBA, a Comissão Nacional de Atuária contou com a participação dos membros da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), da Associação dos Fundos de Pensão e Patrocinadores do Setor Privado (APEP), da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (ABRAPP), da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (ANAPAR) e acadêmicos da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade de São Paulo (USP).

Sobre o IBA – O Instituto Brasileiro de Atuária (IBA) é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede no Rio de Janeiro. Fundado em 1944, congrega os profissionais de Ciências Atuariais no Brasil e tem como objetivo principal incentivar a pesquisa e o desenvolvimento da ciência e da tecnologia na área de Atuária. Atua como órgão representativo dos atuários brasileiros perante entidades governamentais e regulatórias, como a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) e representa o Brasil na International Actuarial Association (IAA). Incentiva a pesquisa, o desenvolvimento e o aperfeiçoamento da ciência atuarial por meio de comissões técnicas. Desde 2005, é responsável pela aplicação de exames de qualificação para novos atuários, um requisito da IAA para a obtenção do título de membro (MIBA).

Foto: Fabrizio Krapf, membro do IBA e o vice-presidente Daniel Rahmi Conde

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